segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

relatow...





A vida realmente tem das suas... Cria-nos vidas plásticas, esperanças de fumaça e nem sempre nos da à força pra outros passos. Estive num fim de semana perfeito como se tivesse entrado num dos guarda-roupas de Nárnia. Onde a fantasia se misturava a realidade. Não tenho espaço pra dor nem pro medo nos próximos 365 dias. Por isso todas as despedidas serão regadas de sorrisos e até no pior dos ultrajes terei a cabeça erguida, o peito estufado e como sempre um pouco de soberba e orgulho mesclados a mim.
Hoje numa despedida que por hora parece definitiva fui argüido:

                - É a ultima vez que te vejo?
                - Não sei... (é o que sempre respondo)
                - Realmente sempre concordamos (...) até outro dia em que o acaso nos una.

E arrancou com o carro...

“Meus sonhos não estão mais numa prateleira ao alcance das mãos
Nem sei se os tenho mais...
Meu estoque de lagrimas secou
E minha vida escorre entre meus dedos
Pelos teus beijos febris
Em nosso enlace morno
Onde o presente é tudo o que deveríamos ter
E um reflexo de tudo que poderíamos ser

Onde nossos ritmos se perdem em passos tolos
E te levam de mim ou me tomam de ti
Como folha d’uma arvore seca levada pelo frio vento de um outono meu
Onde seus dedos não me tocam
Talvez nem devessem...

Com meus sorrisos frios vou seguindo
Não a ti, mas ao meu pleno destino
Sem medo da morte ou de viver
Meu prazer vai surgindo num futuro ralo
Mesmo que sem você ou sem mim..."
                                    camillu borges