domingo, 24 de janeiro de 2010

Esse meu tempo que passa.



Meus cabelos em queda
Minha boca aberta tão perplexa
De movimentos não teus ou nossos
Em noites frias de verões mal resolvidos
Em ralas choupanas de palha num tom pastel
Onde nosso amor esteve em gozo
Onde catamos ou cantaremos todas as canções em louvor
De todos os segundos que estão por vir
Teus cabelos já brancos em rósea nuvem de algodão
Teu sol tentando pôr-se
Em dias de tempestades claras
Onde minhas nuvens te turvam a vista
Minha bússola te aponta o sul ou um leste qualquer
E de nada te servem meus sinais
Mesmo perdido em tuas curvas
Continuo ileso a ti
Continuo apesar de ti
Continuo parado ali sentado num armário antigo
Escondido num beijo teu
Onde o mundo ainda vilão me trava na torre hipócrita
Onde minhas idéias são vans e teus braços o inferno
Hoje longe da torre...
Teus braços ainda queimam com toda uma vontade apenas tua
Ainda vejo meus fios espalhado pelo chão
Os pássaros ainda cantam...
Um sol ainda brilha ao longe
E todo o mundo apesar da minha tormenta ainda gira
E todo mundo apesar de machucado ainda vive
E todo o mundo apesar de belo ainda sofre
E mesmo que todo mundo diga: - NÃO!!!
                EU DIREI: - SIM... DEPENDE MAIS DE MIM, QUE DE VOCÊ.

CAMILLU BORGES.