segunda-feira, 15 de outubro de 2012

TO die


E a facilidade com que penso, em fatos não existe.  O que realmente acontece por baixo dos meus finos e ralos cabelos, não é mais um mistério, embora eu não saiba mais como reagir a eles. Meus portos se desfazem e a única certeza que tenho é do que não quero mais. Sei que machuquei muitas pessoas, mas que alternativas eu teria? Não quero despertar a raiva em ninguém, não quero ser responsável pelo enegrecimento da alma de ninguém.

O que posso contra minha própria morte?
Se não acolhê-la
                ... Aceitar-lhe o doce afago...
                ... Esperar meu ultimo pulsar...
E o desastre de te abandonar
                Foi para reencontrar-me.
                               Pois não sou nada...
Além de brisa... Que suave escraviza tuas ondulações...

Pois sei que nada sou...
                ... ou apenas seja o passageiro tristonho...
Sei que a dificuldade se desfaz em regozijo no reduzir da marcha...
                e eu calmaria que no reboar da assustada felicidade
                               Tenha forçado o breque...
Não seria eu, se não o fizesse...
Que culpa eu tenho de ser eu?
Reduza a marcha... Deixe-me amigo voltar...
                Deixe amigo ser...
                               Ou apenas deixe...
Sei que o amor meu, é estranho.
Que uma dorzinha chata, o traz em tiracolo...
Mas entenda que a morte apenas transforma
Deixe que mude
                Retroceda... Perceba-me...
Pois me acostumei à dor do cerne meu...
Não ao teu...
Mas não seria justo, repor o cristal quebrado com vidro.
                E existe sempre uma hora que de tanto ouro em lascas do barro jarro...
                               O transforma em outra, coisa que não é...

Pensei que a distancia e o tempo fossem os melhores remédios. 
Quando na verdade uma dose... uma certa cavalar dose  nunca cure, quem dirá abafe...

                                                                                          camillu borges