domingo, 25 de abril de 2010

SOU UMA PESSOA DIFÍCIL E NÃO ESCONDO DE NINGUÉM.




Tenho um gênio imperativo. Todo mundo nota. Nem sempre meus sorrisos são fáceis, na verdade nunca são, seria impossível que as pessoas tentassem me entender. Será que sou um monstro que só briga grita agride e faz mal a todo mundo. Porque ninguém vê que não estou dormindo bem. Preciso de um espaço só meu. De coisas só minhas.
                Já faz dois anos que moro sozinho. Acostumei-me ao meu cheiro na casa. As minhas roupas sujas. Ao meu desodorante dentro meu guarda-roupa. Detesto roupa espalhada no chão e nem sempre quando chego em casa quero estar rindo de besteiras que não me agradem. Não tenho interesse nenhum em seus assuntos. Só quero um espaço apenas meu e mais nada será que isso é tão difícil de entender. Será que sou mesmo esse monstro?
                Talvez tenha mesmo sido projetado para a solidão. Quem sabe meu corpo e minha mente não suportem mais toda essa “invasão” no meu dia-a-dia. Tenho consciência dos meus defeitos. Eu só não estou disposto a sacrifícios. So não tenho mais energia pra tudo isso.

essa postagem não foi uma das mais poéticas ou feliz mas minha alma tem seus lados escuros...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por do sol...


Protegidos por tuas lentes escuras
Meus olhos ainda ardem
Que minhas retinas magras
Chorem todo o amargo veneno meu
Chorem e lavem você de mim

Dentro de teus sonhos cinza
Meu colorido entoa memórias passadas
Seus olhos cheios de uma curiosidade tola
Que eles ainda acreditem em fadas
Neguem os meus demônios
Neguem as suas feridas

Nós junto... Mãos dadas...
Numa tarde em que o sol não se põe
E nossas vidas poderiam florescer
Que seus dedos não percam os meus
Guiem meus passos por nosso caminho
Guiem-me ao teu céu

Minhas pernas bambas sem força
Meu ser em pane por um abraço teu
Que teu corpo chegue ao meu e os teus braços
Afoguem-se em mim
Afoguem-se e me afogue em si.

O horizonte a frente junto à brisa morna
Sobre o ombro nossas pegadas
Que as ondas nos permitam ficar
Colem você em mim
Colem nosso sol poente

Ainda tenho seus sorrisos de matina
Ainda guardo seu cheiro na cama
Que não te perca nunca
Lacrem você em mim
Lacrem fora de nós toda a dor

Seus olhos ainda apenas meus
Sua boca que seja só minha

Que chorem os ímpios de nós
Que nos neguem o medo
Que nos guiem a felicidade
Que afoguem nossos males
Que colem nossos cacos
Que matem o nosso fim...
                                               Sim te gosto e também não é só um pouquinho...


                                                                                                              camillu borges

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ainda tenho medo.


Meus dias têm ficado mais escuros,
Meus olhos mais pesados,
E minha boca nunca mais tão seca.
Não te sinto mais em minha cama.
Teu braço perdendo força em torno de mim,
Teus lábios me deixando,
...que um dia voltem.

Teus olhos, hoje negros.
Minha vista ainda ofuscada
Pelo sol do amanhecer de teus novos amores.
Dias de sol, nuvens ausentes do teu céu.
Talvez presentes ao meu entardecer morto.

Meu peito ainda chora pelas feridas passadas,
Habito um mundo falso.
De marionetes não minhas,
De vontades ocultas, sem razão aparente.

E mesmo que chova em mim.
Teus pecados não serão apagados pela água.
E quem sabe a correnteza me leve de volta a ti

E quem sabe eu errado assim
                                               ... deva mesmo ser seu
E quem sabe eu coitado de mim
                                               ...deva mesmo ser seu

E quem sabe eu mesmo assim queira mesmo ser seu...

Ainda não me permito os mesmos erros
Meus dedos calejados me fazem lembrar.
Meu peito lacrado de putréo medo,
Minha boca sedenta da tua,
Não me deixam dormir tentam em vão me guiar a ti.

E você onde esta?
Será que ainda ai?
Do meu lado, na cama tentando me faze dormir?
Embalando meus sonhos de dias melhores
Calando meus medos
Acalentando minhas lagrimas
Se fazendo meu...

Será que ainda me ama? ...Ou amou...?

                                                                                    camillu borges