terça-feira, 19 de março de 2013

retalho





"...vivemos numa guerra de EGOS inflados e inflamados..."

gamer



"_Perdoe-me...
Se um dia eu for mais fiel a mim que a você...
E por este vão motivo precisar abandonar-me de ti..."

Em dias de chuva o sabor das cousas mudam. Por vezes amargos ou doces agora insípidas tentações. No fato de que mudamos, moldamos e movemos tudo além do incorpóreo tempo. O dado com maior precisão que tenho acesso é incoerentemente a falta fatal dessa minha habilidade que dizem ser crucial.
Gostaria de saber quem elaborou essas regras cruéis. Amaria agradecê-lo cada lágrima Cada invisível cicatriz de guerras insanas que nunca provoquei. A idiota capacidade de prever a chuva e não a queda. A cada músculo melhorado. A cada reconstrução neural a qual fui exposto. Seria um inerte prazer desconhecer os significados amargos de se ser obrigado a sorrir, enquanto um calo novo abre espaço entre seu dedão e o revestimento duro do seu tênis carcomido por tantas e tantas topadas.
Sei agora que a dor e o amargo valorizam o doce sabor de ternuras divinas. Assim como sei que meu corpo prefere açucares e carboidratos. Não. Eu não tenho mesmo certeza de que precisaria conhecer o mal, o dissabor de se viver com tanto medo de tudo e todos pra valorizar as coisas boas. O que eu sei é que tenho que combater o meu pessimismo a todos os segundo antes de pular da cama. Combater, antes que acabe me acostumando demais com tudo, e vivendo com nada.
Serei um policial, vigilante, atento guardinha dos meus automatismos... Afinal nada mais cinzentos que                PLAYS
 e REPLAYS...  
START ... (_)
               ( X )YOU LOSE...
               ( X ) YOU WIN...

quinta-feira, 14 de março de 2013

Saudades



Sim, eu as sinto...
Na maioria das vezes de coisas que não vivi. Do tempo em que as musicas marginais eram o retrato de um povo alegre, que ansiava, apesar de tudo, um lugar ao sol. Sinto sim muita falta do tempo no qual as palavras tinham um único significado.
Além de tudo que sinto... Sinto sim, falta da qualidade... da qualidade que o tempo traz.

sábado, 2 de março de 2013

((((EXPEC)tadores)tativas)torante)


Eu quero perder o fôlego. Alguém pra me acompanhar no banho travesso de chuva. Que se jogue no mar a noite sem roupa antes de mim. Que me faça convites bobos como andar de patins ou bate-bate. Preciso rir das minhas topadas. Ter meu topete despenteado. Sentir o vento entre os meus dedos e sob meus ralos cabelos.  Que me embriague...

Quer mesmo saber? Não, eu não quero...
Quero eu mesmo sorrir das minhas bobagens, criar os meus a meu molde, salvar o meu mundo do seu holocausto. Não, eu não quero saber do seu dia. Não me pergunte o que achei do seu novo corte de cabelo, do seu jeans novo, das patavinas que lhe ocorreram no caminho até o Shopping. Certas coisas eu prefiro nem pensar, nem notar...

Ah! Tens malhado? Dieta da Lua? Estava chorando!?
                                                                  Bom notar que não ligo mais...
Sim, talvez eu volte a amar, mas disso nem expectativas tenho. Imagina, se é uma prioridade? Claro que não...

Ah! E explique-me mais sobre o motivo pelo qual deveria conter o riso ao saber de tuas intempéries?

De fato não criar expectativas é uma coisa boa, mas pode te roubar o brilho das coisas... Não se importe tanto, mas se importe mesmo assim... Nem que seja apenas pra arquear a pestana e sentir dó dos olhos de “Zeus” que tudo veem...

                                  E depois suspire e diga: .F.O.D.A.-.S.E.
                                                                                                 Cof... cofh...
                                                                                                 Cof... cofh... coffhh...