sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

margaridas







O sofrimento me faz crescer
Liberta-me das correntes dos pesares e pensares humanos
Devolve as minhas asas e me faz no ultimo segundo
Sentir a brisa da libertação. Da paz, de um mundo ainda verde.
A dor já não cerra meus olhos
O mundo em contas prateadas em perolas d’um colar

O sofrimento é o cavalo da minha coragem
...o trem do meu amor
...o foguete do meu sucesso

Não tenho mais medos...
Sigo numa estrada olhando as margaridas
Entre narcisos e rosas talvez prefira entre meus dedos
Espinhos... Escondidos no canto do sorriso d’uma flor qualquer
 Que em sua verdade me derrama rubras lágrimas

Minha alma já cansada em lutar ri do caos
Meus pés já tão calejados não me provocam dor
Meus alforjes carregados de meus pecados não me oferecem penitencia
E meus olhos ainda não suportam tal a claridade tua

Teus diamantes não pagam por meus serviços
Tua boca doce desconhece meu nome
Teus dedos macios tocam meu rosto
Afastam-se juntos em haste e me atiram tua ira
 Em noites mal dormidas em outroras vidas.

E mesmo depois das margaridas...
Continuarei a caminhar...
Pena que desta vez estarei só...
Ou com alguns dos meus demônios a me fazer companhia
                                                                              camillu borges