quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

dia negro




Teus olhos ainda ligados ao horizonte e o meu a mares
Às vezes nem tão distantes...
Às vezes nem tão profundos...
Por vezes bravios por vezes calmos...
Em dias em os olhos passam cegos a nós
E em dias que ate as sapientes bocas falam sozinhas
Encontro-me embora perca de seus braços
O elo.
Sentado ao lado das minhas teias
Embaraçado em tormentos vis
Onde você não me alcança
 Lanço-me, há dias escuros
Pela janela do carro entra um mundo que não é meu
Ainda não te vejo
Caminho solitário em meio a multidões
Rostos familiares desconhecidos
Em meu completo desatino
Tento entrever um céu azul acima de um sarcasmo cinza
Que entope minhas veias
Lacra meu ser dentro de um cofre barato de barro
Cerre meus olhos...
Cerre meu peito...
Encerre você de mim... Ou em mim...
Me acorde de seus sonhos em anil
Mate-me...
Enterre-me...
Lacre-me em seu passado
Ou venha a mim
Desprovido de seus cavalos...
Armaduras ou alforjes
 Receberei-te sentaras a minha direita
Comeras ao meu prato e vagaremos na eternidade de alguns segundos...
E quem sabe o que esta por vir?
                camillu borges