segunda-feira, 4 de julho de 2011

O meu querer...


É, eu quero mais é morrer de amor...
Para poder cantar com “Pato Fu” e não me sentir vazio.
Para ficar ao lado de “Maysas” e de mundos caídos.
Para correr apenas para um par de braços todos os dias...

Eu quero mais é morrer de tédio...
Por beijar a mesma boca todo dia...
Por não poder esquecer, nem lembrar outro cheiro...
Por não querer extirpar tuas raízes de mim.

Não. Quero mais é que morras tu.
Afogado nos meus carinhos...
De todo o meu tédio, encrespado de terror a minha dependência.
Pois que morras, sem que me conheças...
[pois tenho de viver tanta vontade e tamanha aversão dela sem ti.

Quão mais teu corpo, em mistério for envolvido melhor será...
Para que não te tenha como vício meu.
Para que eu possa viver vazio...
Para que o tempo possa apagar-me sem dor...
[pois não suportaria ver-te partir ou sofrer com o meu abandono...

E no fim talvez eu deseje não te amar...
Por temer de tal forma o teu amor e a falta dele...
Por saber-me não eterno. Não quero que fiques, nem quem me vejas definhar...
Quero de ti, apenas a primeira lágrima de orvalho matutino...
[e um dos últimos sorrisos que puderes me ofertar ao mundo...

Quero que morra de me amar...
Que me mate de amor...
Que me ensine a sofrer de sorrisos bobos...
Que esteja em mim para sempre....

                                                                                                              camillu borges.