Eu quero perder o fôlego. Alguém
pra me acompanhar no banho travesso de chuva. Que se jogue no mar a noite sem
roupa antes de mim. Que me faça convites bobos como andar de patins ou
bate-bate. Preciso rir das minhas topadas. Ter meu topete despenteado. Sentir o
vento entre os meus dedos e sob meus ralos cabelos. Que me embriague...
Quer mesmo saber? Não, eu não
quero...
Quero eu mesmo sorrir das
minhas bobagens, criar os meus a meu molde, salvar o meu mundo do seu holocausto.
Não, eu não quero saber do seu dia. Não me pergunte o que achei do seu novo
corte de cabelo, do seu jeans novo, das patavinas que lhe ocorreram no caminho
até o Shopping. Certas coisas eu prefiro nem pensar, nem notar...
Ah! Tens malhado? Dieta da Lua?
Estava chorando!?
Bom
notar que não ligo mais...
Sim, talvez eu volte a amar,
mas disso nem expectativas tenho. Imagina, se é uma prioridade? Claro que não...
Ah! E explique-me mais sobre o motivo
pelo qual deveria conter o riso ao saber de tuas intempéries?
De fato não criar expectativas
é uma coisa boa, mas pode te roubar o brilho das coisas... Não se importe
tanto, mas se importe mesmo assim... Nem que seja apenas pra arquear a pestana e
sentir dó dos olhos de “Zeus” que tudo veem...
E depois suspire e diga: .F.O.D.A.-.S.E.
Cof... cofh...
Cof... cofh... coffhh...