"_Perdoe-me...
Se um dia eu for mais fiel a
mim que a você...
E por este vão motivo precisar
abandonar-me de ti..."
Em dias de chuva o sabor das
cousas mudam. Por vezes amargos ou doces agora insípidas tentações. No fato de
que mudamos, moldamos e movemos tudo além do incorpóreo tempo. O dado com maior
precisão que tenho acesso é incoerentemente a falta fatal dessa minha
habilidade que dizem ser crucial.
Gostaria de saber quem elaborou
essas regras cruéis. Amaria agradecê-lo cada lágrima Cada invisível cicatriz de
guerras insanas que nunca provoquei. A idiota capacidade de prever a chuva e
não a queda. A cada músculo melhorado. A cada reconstrução neural a qual fui
exposto. Seria um inerte prazer desconhecer os significados amargos de se ser obrigado
a sorrir, enquanto um calo novo abre espaço entre seu dedão e o revestimento
duro do seu tênis carcomido por tantas e tantas topadas.
Sei agora que a dor e o amargo
valorizam o doce sabor de ternuras divinas. Assim como sei que meu corpo
prefere açucares e carboidratos. Não. Eu não tenho mesmo certeza de que
precisaria conhecer o mal, o dissabor de se viver com tanto medo de tudo e
todos pra valorizar as coisas boas. O que eu sei é que tenho que combater o meu
pessimismo a todos os segundo antes de pular da cama. Combater, antes que acabe
me acostumando demais com tudo, e vivendo com nada.
Serei um policial, vigilante,
atento guardinha dos meus automatismos... Afinal nada mais cinzentos que PLAYS
e REPLAYS...
START ...
(_)
( X )YOU LOSE...
( X ) YOU WIN...