Algumas coisas nunca devem ser
ditas...
Alguns silêncios nunca devem
ser criados...
Sim. Eu já me perguntei o que
aconteceu com o meu coração, mas não esperei pela resposta.
Sim. Eu crio expectativas
miraculosas, mas nunca esperei materializarem-se.
Sim. Eu já tentei, mas nunca
durou muito.
Sim. Eu já menti, mas doeu e
logo depois me desfiz em verdades.
Sim, talvez eu tenda a ser uma
má pessoa...
Mas eu peço...
Não, me prenda. Impeça-me de pensar, de respirar... Deixe-me
apenas sentir...
Disseram um
dia, que o amor entorpece os sentidos. Uma vez senti isso, mas com um perfume. Ele
tinha um odor tão maravilhoso que eu não conseguia parar de inspira-lo, mas
veio uma brisa leve, quente e incomoda com cheiro de sal e o afastou das minhas
narinas. Fui acordado bruscamente do meu amor e tenho o procurado ate há algum
tempo atrás. Quando resolvi parar e conhecer novos perfumes...
Embora tenha
encontrado algumas fragrâncias parecidas, aquele cheiro nunca saiu de mim. Acabei
notando um dia que o perfume era meu. Que o odor que me fazia perder o senso
era o meu próprio. Depois disso uma dura seca devastou-me por um tempo.
Conheci a
chuva. Conheci o foda-se. Aprendi a
duras penas que sexo é apenas sexo e que pessoas podem não ser confiáveis. E depois
de tudo notei como as pessoas se repetem... Sempre haverá um sorriso que te faz
suspirar, o amigo (a) que é fofo e apaixonado (a) por você, mas que nunca
entraria na sua cadeia alimentar. Sempre haverá figurantes. Sempre haverão os
descarados, os misteriosos, os feios, os lindos, os intocáveis, os lanches. Sempre
a mesma linha de personagens. Primitivamente ligados a você, grosseiramente
desenvolvidos e rasamente agradáveis depois que se percebe o ciclo.
O mundo pode
ser um belo lugar, mas vai depender da realidade em que decidiu viver.
Não. Eu ainda me questiono...
Não. Eu ainda agradeço...
Não, talvez não sejam mais
tantos eus...
Mas eu peço...
Prenda-me. Impeça-me de pensar, de respirar... Deixe-me
apenas sentir... ou quem sabe tu possas apenas calar...