Pela janela da sala
Ainda vejo as tuas nuvens roxas
O nosso cheiro de chuva
Que entorpece meus sentidos
Mas... A tua claridade já não me cega
Mesmo que tuas verdades
Sejam embotadas pela omissão
Que a tua boca não as propague
Que o teu coração continue imune ao meu veneno
Que o meu sorriso
Ainda possa curar o teu tão nosso rancor...
Que as duvidas não sejam constantes
Mas que existam
Pra que eu te possa provar a realidade nas minhas palavras
Que um dia eu seja condenado
Pelo teu coração a amá-lo e talvez...
Amá-lo-ei na intensidade de cada momento...
De cada lua...
E na chuva a cada gota...
Camillu Borges.