E a facilidade com que penso, em fatos não existe. O que realmente acontece por baixo dos meus
finos e ralos cabelos, não é mais um mistério, embora eu não saiba mais como
reagir a eles. Meus portos se desfazem e a única certeza que tenho é do que não
quero mais. Sei que machuquei muitas pessoas, mas que alternativas eu teria?
Não quero despertar a raiva em ninguém, não quero ser responsável pelo enegrecimento
da alma de ninguém.
O que posso contra minha própria morte?
Se não acolhê-la
... Aceitar-lhe
o doce afago...
... Esperar
meu ultimo pulsar...
E o desastre de te abandonar
Foi para
reencontrar-me.
Pois
não sou nada...
Além de brisa... Que suave escraviza tuas ondulações...
Pois sei que nada sou...
...
ou apenas seja o passageiro tristonho...
Sei que a dificuldade se desfaz em regozijo no reduzir da
marcha...
e eu
calmaria que no reboar da assustada felicidade
Tenha
forçado o breque...
Não seria eu, se não o fizesse...
Que culpa eu tenho de ser eu?
Reduza a marcha... Deixe-me amigo voltar...
Deixe
amigo ser...
Ou
apenas deixe...
Sei que o amor meu, é estranho.
Que uma dorzinha chata, o traz em tiracolo...
Mas entenda que a morte apenas transforma
Deixe que mude
Retroceda...
Perceba-me...
Pois me acostumei à dor do cerne meu...
Não ao teu...
Mas não seria justo, repor o cristal quebrado com vidro.
E existe
sempre uma hora que de tanto ouro em lascas do barro jarro...
O
transforma em outra, coisa que não é...
Pensei que a distancia e o tempo fossem os melhores remédios.
Quando na verdade uma dose... uma certa cavalar dose nunca cure, quem dirá
abafe...
camillu borges